Slow Travel e o Nomadismo digital: viver a viagem, importa

Por Simone Zolet, empreendedora

Viajar é tudo de bom! Não é mesmo?! Ainda mais quando vivenciamos boas experiências nos lugares onde vamos, nos conectamos com moradores locais e descobrimos coisas novas por mais simples que sejam.

Para vivermos isso em nossas viagens é necessário somente duas coisas: desacelerar e conectar. Porque viver a viagem, importa.

Desacelerar é não viajar com pressa, no afobamento, no estresse. É curtir cada etapa, cada momento. Desde o planejamento da viagem (que não precisa ser com estresse, verdade! Não precisa), a organização, a arrumação da mala, todo o percurso, as pessoas que encontramos no caminho e a chegada no destino. Estando lá é curtir sem pressa os locais, as pessoas, o novo ar, aprecisar as coisas boas do lugar, contemplar as coisas não tão boas e aprender com elas (sem pensar mal delas, ou ficar falando mal, e sim trazer soluções quando possível), curtir a “terra” em que está pisando pela primeira ou décima vez, sempre com outro olhar.

Viajar permite um mar de oportunidades, descobertas, novas interações. Como dizia meu avô: viajar abre a nossa cabeça, saímos de nosso enorme mundinho. Éh ...e nunca é tarde para abrir a cabeça. Para isso não tem idade, nem o melhor momento. É sempre momento. Meus avós paternos conheceram o mar quando tinham mais ou menos uns 60 e poucos anos de idade. Foram os meus pais que juntaram um dinheirinho na época para os levar conosco numa viagem inesquecível. São as coisas simples da vida que nos trazem felicidade. E, os nômades digitais sabem muito bem disso, não é verdade?!

Para os nômades digitais, ter liberdade para viajar, e até mesmo viver por algum tempo no local que quiser, é muito mais do que somente estar em lugares de interesse ou da “moda”, é uma mudança interna, contínua e permanente, nas ideias de viver.

Diversas personalidades já falaram sobre a importância de viajar de um jeito muito especial, e parecia compreenderem muito bem o estilo de vida do nômade digital, mesmo antes de seu tempo. Para nos inspirar trouxe algumas delas:

“Na melhor das hipóteses, viajar deve desafiar nossos preconceitos e pontos de vista mais acalentados, nos fazer repensar nossas suposições, nos sacudir um pouco, nos tornar mais abertos e compreensivos.”

Arthur Frommer, escritor e empreendedor

“Podemos correr, caminhar, tropeçar, dirigir ou voar, mas nunca perder de vista o motivo da viagem, nem perder a chance de ver um arco-íris pelo caminho.”

Gloria Gaither, cantora

“Pessoas não fazem viagens... viagens fazem pessoas.”

John Steinbeck, escritor

“Uma das melhores coisas de viajar é que você descobre quantas pessoas boas e gentis existem.”

Edith Warton, escritora

“Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.”

Dalai Lama, líder religioso

“Viva sua vida com uma bússola, não com um relógio.”

Stephen Covey, escritor

“O mundo é um livro e quem não viaja lê apenas uma página.”

Santo Agostinho, teólogo e filósofo

“Uma pessoa suscetível à 'paixão pelas viagens' não é tão adicta ao movimento como comprometida com a transformação.”

Pico Iyer, ensaista e romancista

“De tempos em tempos, as pessoas percebem que não precisam experimentar o mundo da maneira que lhes foi dito.”

Alan Keightley, escritor

“Viagens e mudanças de lugar dão novo vigor à mente.”

Séneca, filósofo e advogado

Viajar devagar traz a possibilidade de se manter o foco em aproveitar a experiência de todas as formas e sem pressa. Muito diferente daqueles viajantes que buscam fazer visitas ao maior número possível de lugares na tentativa de ver tudo, e acabam sem curtir nada.

Melhor mesmo é conhecer, interagir, mergulhar e se conectar:

. Conhecer: estude, leia sobre a região, sobre a cultura local, busque informações atualizadas.

. Interagir: se torne “mais um” do lugar, observe com atenção o modo de viver dos locais, prefira andar a pé, frequente os lugares comuns das pessoas que moram ali.

. Mergulhar: não viaje com uma lista de coisas para fazer, com horários marcados e apertados. Planeje a viagem, mas curta o local de modo a ficar aberto para conhecer o que não pensou.

. Conectar-se: que tal conversar despretensiosamente com as pessoas, com o atendente do café, com a pessoa próxima de você na fila do caixa ou no mercadinho, com a familia ao lado na piscina ou na praia... enfim, conectar-se com as pessoas ao redor. Acumular boas lembranças - mais do que pontos turísticos famosos e de fotos para ranquear no topo das midias sociais.s

E aí?! Que tal em sua próxima viagem vivenciar o estilo slow travel?! Bora?

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